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Porto Velho,  sex,   15/janeiro/2021     
opinião

Os eleitores podem premiar os desonestos

14/8/2005 20:56:44
Imprensa Popular
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Os políticos pegos com a boca na botija acreditam ser merecedores da indulgência popular e botam fé na renovação dos mandatos graças ao eleitorado sem instrução. 


 Na semana de reabertura dos trabalhos do Legislativo estadual, apenas o deputado Everton Leoni ocupou a tribuna da Assembléia Legislativa para pedir desculpa ao povo de Rondônia, reconhecendo a responsabilidade da classe política rondoniense na formação do mar de lama em que se debate o Estado. Os outros deputados preferiram tratar de temas mais amenos, como se tudo estivesse na mais perfeita normalidade ética, ou simplesmente ficaram calados, imaginando que a sujeira já foi jogada debaixo do tapete e agora é só esperar o esquecimento da opinião pública.

Os políticos rondonienses envolvidos nas denúncias de corrupção não demonstram (pasmem, leitores!) nenhum temor com um eventual castigo. Julgam-se inatingíveis não só no âmbito da Justiça, mas também no âmbito eleitoral. Em outras palavras, não acreditam em nenhuma limpeza. Pelo contrário. Acham que prepararão o terreno para, em 2006, voltarem com uma carrada de votos, devidamente perdoados pelo povão, em condições de repetir os mesmos pecados praticados nos mandatos anteriores.

Seguros de que não haverá cassações em hipótese nenhuma, tais políticos começam a esboçar a tática a ser utilizada para ganhar um prêmio do eleitorado, ao contrário do justo castigo.

Dir-se-ia que diante das situações mostradas publicamente, evidenciando a prática da política de delinqüentes em todos os segmentos do Poder rondoniense e, é bom que se diga, não só o parlamento, os eleitores não mais votariam nos malandros que usaram este Poder para comprar e vender apoio e consciência.

Esta não é a lógica dos tristes personagens envolvidos no processo de deterioração, que buscavam compensações extras, recebendo dinheiro ilícito, sugado do erário, “porque ninguém vai consertar o mundo”, como dizia, por exemplo, uma deputada do tipo dondoca.

Eles estão convencidos das facilidades existentes para tapear o povo, sempre roubado e sonegado em seus direitos e aspirações.

A banda podre da política rondoniense não ignora que, em grande parte, o nosso eleitorado tem pouca instrução, pouca possibilidade de interpretar positivamente os fatos, compreendendo que tais personagens sonegaram uma parte do exercício do mandato outorgado pelos cidadãos de bem do estado.

A esperança desses políticos que se sobressaíram nos escândalos do mar de podridão do estado, está exatamente nisso: o eleitorado explorado anos a fio pelos políticos corruptos, através dos manjados esquemas assistencialistas (na maior parte executado por associações sustentadas com o dinheiro público), dos esquemas de apadrinhamento, de formação de caixa dois com a utilização de “laranjas” e “gafanhotos”, pode mais uma vez ser enganado, com falsas promessas, premiando os desonestos.

Alguns personagens que contribuíram descaradamente para a formação desse fétido mar de lama, ao contrário da demonstração de humildade do deputado Everton Leoni, sequer perderam a empáfia que sempre os caracterizou. Sentem-se blindados exatamente porque contam, na hora do pega pra capar, com a ignorância da patuléia, sempre passiva e acolhedora, com sua disposição de negociar tudo, inclusive o voto, sem a coragem de enfrentar e questionar as aves de rapina que, é claro, estarão voando sobre as urnas de 2006.


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