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Porto Velho,  sáb,   16/janeiro/2021     
opinião

EM LINHAS GERAIS: Blindagem

2/9/2008 10:30:55
Gessi Taborda
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 BLINDAGEM

Muitas pessoas perguntam ao colunista quanto dinheiro a prefeitura gastou nos últimos 12 meses em publicidade. Não sei responder com número exatos. Essa é uma das contas mais misteriosas da prefeitura comandada por Roberto Sobrinho. Dizem que foram alguns milhões. Quem sabe! Pelo menos, como é fácil constatar, a mídia (especialmente a televisiva) sempre demonstrou um zelo enorme em proteger o prefeito, escondendo as mazelas decorrentes da inapetência da administração. Praticamente não se cobrou nada sobre o caos da saúde e da educação, não se falou nada da péssima qualidade da maior parte da pavimentação feita pelo atual chefe da administração municipal. Sabe-se, por exemplo, que o tal Toninho, escolhido para distribuir a gorda verba publicitária, vive numa ponte área entre Porto Velho e Curitiba, aproveitando, quando está aqui, das luxuosas instalações de hotel estrelado. Não sei o tanto de grana que escorre nesse duto, mas certamente ele serviria para resolver alguns problemas de comunidades mais distantes do centro, onde o caos não pode ser desfeito com a simples propaganda.

EMPENHO

Foi o PHS, partido que apóia o nome de Lindomar Garçom para prefeito de Porto Velho quem pediu publicamente, pela primeira vez, mais apoio do governador a campanha do candidato verde. Não se sabe se o manifesto daquele partido chegou às mãos de Ivo Cassol. O fato é que o governador ainda não apareceu na televisão fazendo um grande apelo ao eleitorado em favor de seu candidato a prefeito da Capital. Será que o governador possuí alguma informação privilegiada mostrando não ser necessário seu empenho para levar o Garçom ao segundo turno? Enquanto isso, quem tem posição privilegiada na administração da prefeitura está fazendo das tripas coração para o Roberto continuar. E nesse jogo vale tudo, especialmente junto à população mais desinformada que se socorre em programas sociais do paço municipal.

MUDANÇAS

As fontes mais bem informadas da política estão apostando que antes de dezembro haverá mudanças na composição da Assembléia Legislativa. Segundo um advogado acostumado a grandes causas na área eleitoral pelo menos dois dos atuais deputados deverão perder o mandato. Talvez esse seja o motivo do sorriso alegre que o ex-deputado Silvernani Santos estampou em seu semblante deixando até amigos mais íntimos embatucados. Silvernani vem tentando conseguir uma cadeira desde o primeiro momento após a última eleição que disputou e ficou na suplência.

PREVARICAÇÃO

Acostumado à leniência dos órgãos de fiscalização, o prefeito Roberto Sobrinho terminará seu mandado prevaricando na ilegalidade de manter o comércio informal obstruindo a via pública em cenários grotescos, como o que se pode verificar em frente ao Ginásio Cláudio Coutinho. Este é um fato denunciado várias vezes na imprensa sem levar o prefeito a cumprir com sua obrigação legal. Prevaricar é deixar de tomar as providências exigidas pelo cargo. E isso é o que acontece naquele local e também em outras ruas do centro. E por que órgãos como o MP não toma providências? Uma boa pergunta para a resposta de quem de direito.

SINDICATO ÀS PAMPAS

O Brasil tem, hoje, 11.470 entidades sindicais cadastradas no Ministério do Trabalho e poderá chegar a 20 mil mais cedo do que se imagina. Disputas na área sindical, antes atribuídas ao Judiciário, agora passaram – por mágica – ao Ministério do Trabalho que, atualmente, recebe 50 pedidos de novos registros por mês. Na fila, estão 801 pedidos aguardando registro no Ministério, que vem concedendo 22 por mês, ou seja, praticamente um novo sindicato por dia. Do imposto sindical obrigatório deste ano, que superará R$ 1,3 bilhão, os sindicatos abiscoitam 60%, ou seja, R$ 810 milhões.

CANDIDATO

A palavra candidato tem origem na Roma antiga. Quando a chamada “Cidade Eterna” era a capital do Império Romano, quem pretendia um cargo eletivo usava uma toga branca (“cândida”), para simbolizar a pureza de sua vida e de suas intenções. Da cor da toga surgiu a palavra “candidato” - o imaculado. Mas é claro que, sob as imaculadas e cândidas togas romanas, nem sempre havia pessoas cândidas e imaculadas. Catilina, ladrão, conspirador, assassino que não deu certo, foi um deles. Às vezes, o eleito talvez fosse cândido e imaculado, mas não poderia ser considerado uma pessoa: Incitatus, o cavalo favorito do imperador Calígula, foi senador em Roma.

ALGEMAS

Mesmo antes da limitação do uso das algemas determinado pelo Supremo, muita gente da S/A do crime instalada no Brasil não ganhou nos pulsos o bracelete da Polícia Federal. O rapaz dos dólares na cueca não foi algemado. Os aloprados que tentavam vender um dossiê fajuto nas eleições paulistas não foram algemados. O publicitário que contou numa CPI como é que transferiu dinheiro ilegalmente para o Exterior não foi algemado. O publicitário que foi a face mais visível do Mensalão não foi algemado. E, como policiais não têm ligação partidária, a coincidência de todos esses sem-algemas estarem ligados ao PT por certo não tem nada a ver com o tratamento diferenciado.

CRISE COM DATA

Está marcada uma greve nacional de petroleiros para 5 de agosto. Os sindicatos prevêem paralisar produção e refino. É bom deixar o tanque cheio de véspera.

DO LADO DO LULA

Lembra de Severino Cavalcanti, que cobrava propina do dono do restaurante da Câmara Federal? Pois ele está de volta: é candidato à Prefeitura de sua cidade, João Alfredo. Na propaganda, aparece na foto ao lado do presidente Lula; e divulga uma frase de Lula segundo a qual ele teve de renunciar porque contrariava as elites. Severino tem duas chances de voltar: ou se elege prefeito ou alguém de sua bancada se elege, e ele, como primeiro suplente, estará de volta à Câmara.

COZINHANDO O GALO

Em nome das eleições de outubro o legislativo estadual está funcionando em fogo brando, em banho-maria, cozinhando o galo. Suas Excelências, na maioria, não são candidatos, mas todos têm candidatos e só não se licenciam porque o salário do legislativo ajuda, e há também as passagens, não é mesmo? Na Câmara, onde quase todos são candidatos à reeleição (apenas o vereador Paulo da Condor desistiu de continuar, em nome da decepção com a classe política) praticamente não acontece mais nada. E depois das eleições? Ai terá a comemoração das vitórias, recomposição das forças após as derrotas, novos acordos, análise do quadro pós-eleitoral. Em seguida, as festas de fim de ano, seguidas pelas férias, que ninguém é de ferro. Até pode acontecer alguma. Mas o legislativo só estará funcionando a pleno vapor, a partir do segundo mês de 2009. Ou você acha que será diferente?

PESQUISAR COMO?

O próprio ministro Carlos Ayres Britto, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, andou pedindo aos eleitores brasileiros que pesquise o seu candidato. A idéia é ótima – mas como? Um candidato a vereador tem dez ou vinte segundos por semana na TV. Não pode utilizar cartazes. Não pode distribuir camisetas. Não pode promover reuniões de caráter festivo. Como é que pode fazer chegar ao eleitor seu nome, currículo e idéias? Não dá! E quem proíbe os candidatos de usar os meios de comunicação de massa mais baratos? Claro, claro: resoluções da Justiça eleitoral.

NA BOCA DO LEÃO

A suprema vigilante da honestidade, aquela cujo partido entra com representações contra qualquer pessoa acusada em notícia de jornal, foi condenada pelo Supremo a pagar sua dívida de Imposto de Renda. Heloísa Helena (PSOL de Alagoas), quando era deputada estadual, omitiu rendimentos, evitando declarar ao Imposto de Renda a verba de gabinete, a ajuda de custo, tudo definido como complementação salarial. Heloísa Helena lutou muito para não pagar seu imposto, mas a condenação já transitou em julgado. A quantia que Heloísa Helena deve pagar é calculada extra-oficialmente em R$ 890 mil.


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